segunda-feira, 21 de março de 2011

um ano...











Mozart - Concierto para piano y orquesta Nº 21 - I mov. B

Mozart - Concierto para piano y orquesta Nº 21 - I mov. A

um ano!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!




E um ano passou, assim, interminável, e assim os anos vão passando, sem fim, sem nexo e com nexo, com muita coisa boa e muita coisa má. que a vida tem para oferecer. Mas nem tudo é assim tão mau, e a vida assim corre entre encontros e desencontros, uns mais estúpidos do que outros, e lá fui há nossa Igreja, afinal de contas não havia minha missa nenhuma, a das nove, a mamã já se vai rir logo quando chegar a casa, e tu também te estás a rir, e tu dizes, só mesmo tu, só mesmo tu, e olho para o altar de sempre, e vejo lá um sacrário em ponto grande ao lado da mesa com a palavra de ordem "aderir" na palavra, e quando não aprendem ainda que há palavra não se adere, acolhe-se na simplicidade da própria palavra. De branco, o sacrário em ponto grande, de paz e de serenidade, e com as cores da Páscoa, a bíblia aberta, e agora já te lembras porque não havia missa das nove, dizes, pois, vésperas da Páscoa, andam preocupados com outars actividades, e assim lá vamos estabelecendo conversação na palavra, e assim o tempo passa. Mas quantas vezes ao longo do ano e ao longo dos dias não temos já falado pelos caminhos fora por onde deambulo, atordoado, possivelmente mais do que falavamos nos últimos tempos, e não encontro respostas. A vida não tem respostas. A vida é apenas de criação. Eis a beleza do mundo. Mas depois, as respostas, é que as podemos contornar na nossa interioridade perante a exterioridade. Apenas isso. Mas falta amor, afecto, amizade. A presença. Não a do mundo. A de nós próprios. A presença do humano. E a vida assim continua, sem ti e contigo e em ti, apenas te imaginando e sonhando na tua presença. E julgo que o dia igualmente estava assim, como ode hoje, não, engano, chovia, depois abriu, tantas imagens, tantas, que não se despegam. Ah, e a mamã logo ainda vai doar-te as flores que gostavas, e dizes-me para te dizer o nome, ah, dizia-te, mas não me lembro, tá bem, e ris-te simplesmente, de bom grado, ris-te... E assim te imagino a bordar celestialmente o teu fabulástico ponto-cruz e Deus interroga-se e não entende... E sei que há gente que não vai gostar nada disto e depois, nós os dois, lá nos vamos rir, agora sim, os dois, não és só tu, assim, para a vida...