terça-feira, 25 de maio de 2010

do sentido

Este é um dos livros da biblioteca da minha irmã, lido e sublinhado. Um dos sublinhados:

"Nous sommes tous doués d`une âme, depuis que nous avons risqué, sauvé notre existence, au premier passage."

a vida é uma festa

A vida é uma festa, diga-se, entre margens...
O Livro dos Saberes Práticos
Este é um fragemento de um biombo pintado pelo pintor famalicense Miguel Terroso para a Cândida. Este biombo sempre me acompanhou em presença memorial e física, porque o acompanhei em alguns momentos na sua realização e concretização. Tem as duas facetas da existência humana: a alegria exuberante feita máscara!

pirinéus

Numa das suas viagens pelo mundo, a minha irmã passou pelos Pirinéus. Fica aqui esta fantástica fotografia, do ano ido de 1999.


Suave irmã!
Onde irei buscar, quando for Inverno
As flores, para tecer coroas aos deuses?
Então será, como se eu já não soubera do Divino,
Pois de mim terá partido o espírito da vida;
Quando eu buscar prendas de amor aos deuses,
As flores no campo escalvado,
E te não achar.
Holderlin

galeria muscade

Uma exposição colectiva da Galerie Muscade, de Paris, realizada entre 26 de Junho a 13 de Julho de 1990. O bilhete-postal contém a data de 12 de Junho de 1990, com carimbo dos correios de Paris-Bastille, morando a minha irmã na R. Bonne Nouvelle.

coisas da vida

Camilo não deixa de ter razão: a maldade humana está naqueles que não fazem falta nenhuma neste mundo!
O Livro dos Saberes Práticos

A estupidez humana é a única coisa que dá uma ideia do infinito

Ernest Renan

quinta-feira, 13 de maio de 2010

actividades formativas

Ao longo da sua actividade de docente, a minha irmã sempre se preocupou com a sua formação pedagógica. Este é um dos exemplos, entre outros.


VI congresso nacional dos professores

Participação activa da Cândida no VI Congresso Nacional dos Professores, realizado no ano de 1998, ano em que dava aulas em França no Ensino Precoce. Ainda não encontrei foi o texto dela. Será que está no Diário? Ainda não me apetece lá ir ver...




















regras numa sala de aula

Professora do Ensino Básico, do Ensino Precoce em Paris e dos Cursos de Língua e Cultura Portuguesa em Espanha, na Galiza, a minha irmã lá estabeleceu estas regras e/ou pactos para os seus alunos na sala de aula. Estas regras dão a impressão de terem sido escritas e elaboradas pelos próprios alunos!



prosas pessoanas em francês

Fernando Pessoa, uma presença na biblioteca da minha irmã. Existem outras coisas muito curiosas em torno de Pessoa...

astúrias

A minha irmã, no Verão de 2001, andou pelas Astúrias. Existem mais fotografias. Vou-as colocando aos poucos. São Belíssimas!


luís rodrigues

Catálogo da exposição de Rodrigues Luís, realziada em Paris entre 3 a 10 de Novembro de 1992. O Catálogo foi editado pelo Club des Jeunes Portugais, no âmbito da manifestação cultural Le Portugal Dans la Cité, nas datas já referidas. Este catálogo contém reproduções dos quadros de Luís Rodrigues, com fotografias de Richard Boutin e texto de Egídio Álvaro.



terça-feira, 11 de maio de 2010

música


ponto cruz


new york

A minha irmã esteve em Nova York entre finais de 1997 e princípios do ano de 1998. Fica aqui o seu registo fotográfico, salientando, inquestionavelmente, a existência das torres gémeas. O mito da queda?











Adicionar imagem


















torres gémeas

Ao lado das fotografias da minha irmã nos Estados Unidos, principalmente em Nova York, aparecendo algumas com as torres gémeas, surgiu este recorte de imprensa do jornal "Público".



Olivier Marty

Reprodução de um quadro da exposição de Olivier Marty, realizada na Galerie Muscade, de Paris, entre 8 a 14 de Fevereiro de 1993


domingo, 9 de maio de 2010

banda desenhada

Uma das paixões de leitura da minha irmã: a banda desenhada. E ainda tinha tempo para fazer recortes de imprensa! Este texto refere-se a um herói que prezava, Maltese, e o seu criador, Hugo Pratt. Quem vai ganhar com estas aventuras, vão ser os seus futuros leitores de férias da Póvoa de Varzim, assim como os da comunidade poveira, já que a maior parte da biblioteca da Cândida foi oferecida à Biblioteca Municipal Rocha Peixoto. Não só por uma questão de agradecimento à autarquia, já que a permitiram que estacionasse o carro na própria Biblioteca (a escola ficava mesmo ao lado), como também pelo facto da sua actividade profissional se radicar na Póvoa. A banda desenhada lá está e são imensos! Fiquei só com os livros que ela me dizia que gostava, aqueles que estão sublinhados e os que têm dedicatória. E tanto custou... Mas sei que serão bem cuidados.



bordados

Uma faceta da Cândida, o ponto cruz: trabalhos admiráveis, sem sombra de dúvida!



bilhetes-postais

Uma das preciosidades colectivas da minha irmã é a sua colecção de bilhetes-postais, com os mais variados temas neles divulgados: cinema, artes plásticas, literatura, política, costumes, música, moda, publicidade, etc.


torre eiffel

A minha irmã sempre viajou pelo mundo inteiro e viveu em Paris mais de uma década, dando aulas no âmbito do ensino precoce em França. Chegou a frequentar a licenciatura em Ciências da Educação, Université Paris VIII-Sorbonne. Darei aqui esse registo das suas viagens pelo mundo, entre outros.



Hélène Marion

Na documentação do espólio da minha irmã, encontrei muitos bilhetes-postais, em forma de convite, e de vários tamanhos, da Galeria Muscade, de Paris, quando ela vivia na R. Bonne Nouvelle. A reprodução que aqui temos é de um quadro de Hélène Marion, o qual esteve patente na exposição realizada entre 18 de Dezembro de 1990 a 5 de Janeiro de 1991. Bilhete-Postal de publicidade sobre a exposição, com o carimbo de Paris e com a data de 4 de Dezembro de 1990. A Galeria Muscad ficava então na rua Petit Musc.

sábado, 8 de maio de 2010

diário o último texto

Olá,
Olá Saramago.
Entras nas minhas ilusões e fantasias pela escrita.
Entrei nas leituras e conheci.
Conheci uma escrita em era eu a descobrir a pontuação e a inflexão a dar ao texto.
Se para muitos era uma aberração, para mim, uma viagem!
Li, li e sonhei sonhos.
É que eu ao ler viajo e fantasio.
Imagino que o "retrato" não será o mesmo do escritor, mas que importa. Sou eu ao ler que abarco o que imagino.





Um dia, um dia em terras de França, numa cidade chamada Paris, a tal conhecida como a "cidade da luz" tive a ocasião de me ir deixando iluminar. O conjunto de chamamentos foi enorme e absorvi para a vida tudo o que pude captar.
No ano de 1988 decorreu um simpósio, se assim se chamou, com diversos escritores portugueses. O evento era "Belles Etrangères".
Imensas, imensas personalidades aí passaram.
Bebi a fonte de muitos.
Congratulei-me desse privilégio.
Conheci então o homem das imensas leituras.
José Saramago era um dos convidados desse evento.
Fermentei uma ideia.
Fervilhou em mim uma coisa, que para uma jovem imberbe, diria mais, pueril, uma vez que não sou homem no sentido do género masculino, e se fosse à livraria onde está Saramago?




Acreditem que o pensei.
Mas ousei.
Tudo aquilo era um fervilhar de ideias, movimentos, conhecimentos, histórias, interesses e outros afins aos quais não estava ligada!
Ousei.
Armei-me de livros.
Armei-me de coragem.
E fui para todas as eventualidades tentar que me autografassem tantos livros.
Eram 5. Num saco íam 5 livros.
Calculei e pensei... com muita gente dependeria... do clima, da situação, sei lá!...
Mas ousei.
Localizei a livraria. Localizei o sítio.
Fui.
Entrei.
Tudo vazio.





Lembro de o ver.
(Pelo menos àquela hora não estava ninguém ou quase ninguém).
Surpresa.
Alegria. Alegria para mim.
Foi fácil, foi fácil ousar falar e pedir um autógrafo.
Qual não é o meu espanto a surpresa dele foi maior que a minha. Ouviu-me. Olhou-me. Olhou os livros. "Tantos".
Virou-se para a parede, que era branca e em monólogo: "Achas que assine, pá?"
Disse outras coisas que não recordo e finalizou:
"Vá lá..."
Perguntou-me como estando eu em Paris tinha tantos livros dele, e disse que aqueles era os que eu tinha ali, em Portugal havia outros, etc.
Três eram meus e dois de... Lino, creio, ou Firmino, ou...
Sei que eram 5 e eu só tenho três assinados.
Foi uma alegria, um momento único.
Decorria o ano de 1988.
Passaram 20 anos!




No ano de 1998, ano do seu Prémio Nobel, que ria um autógrafo e a concorrência, a fila e o protocolo eram tantos que desisti sem me abeirar dele.
Já tive a oportunidade de o ver e encontrar no Museu de Imprensa do Porto. Não tive coragem.
Estava adoentado. Se o visse era para falar com ele. Com ele doente faltou-me coragem.
Longa vida Saramago.

Fão 10-12-2008